O quê você vai ser quando crescer?
Dúvidas. Animação. Responsabilidades. A transição entre o ensino médio e curso superior causa muitos sentimentos aos jovens. "É difícil pensar que um ciclo está acabando", diz a aluna do terceiro ano do ensino médio do Colégio Piracicabano, Victoria Cristofoli, de 16 anos. Mas, ao mesmo tempo, lembra a aluna, a fase é animadora. Decidida pela academia e não pelo mercado de trabalho, Victoria tenta o curso de midialogia, na Unicamp. "São 42 candidatos por vaga", relata.
Uma forcinha extra poderá vir da nota do Enem. "Aí tentarei a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos)", conta. Do contrário, ela pretende se aplicar aos estudos em 2013 em um cursinho pré-vestibular. "A minha tranquilidade contribui para esse momento de decisão. E o que atrapalha é a pressão dos pais."
Já o foco de Gabriel Hernadez Ortolã, de 17 anos, é prestar vestibular em uma faculdade fora de Piracicaba. Ele tenta Unicamp, Unesp e UFScar para o curso de engenharia mecânica. "Quero sair da cidade, criar independência", diz o aluno aplicado nos esportes. "Não foquei muito no vestibular neste ano. Estou treinando bastante. E, se não der, vou fazer um cursinho. Por enquanto, vou ver meus velhos amigos", conta.
Situação contraditória - e a mesma em que muitos se encontram - é a do estudante do 3º ano Richard Ducatti, de 17 anos. Ele trabalha desde os 11 anos com web e como cinegrafista, mas pretende ser fisioterapeuta. "Dúvida é a palavra que resume este período." A psicóloga e orientadora educacional, Amanda do Nascimento Morgado, salienta que o importante neste momento é o jovem conhecer suas inclinações profissionais. "O que gosta e não gosta de fazer, o que o desafia, o que o motiva, quais são suas habilidades, que tipo de conhecimento gostaria de adquirir, de que forma pretende contribuir com a humanidade". Pense, responda e faça sua escolha.
Texto: Cristiane Bonin
Fotos: Fábio Mendes
Edição de texto: Angela Rodrigues
Última atualização: 29/11/2012