Ex-aluna do Piracicabano relembra trajetória no Colégio e fala sobre a aprovação na Esalq/USP
“O momento em que soube da aprovação foi muito especial. Era uma sexta-feira e eu estava no Colégio, na aula de geometria. Meu celular começou a vibrar desenfreadamente. Eu não parava de receber mensagens de alunos da Esalq me parabenizando pela aprovação. A sensação foi uma das melhores da minha vida, um sentimento inesquecível. Voltei para a sala e contei a notícia aos meus amigos e todos vibraram muito comigo. Foi fantástico!” Essa é a lembrança do dia em que a aluna Isabella Brites, 16, soube de sua aprovação no curso de ciências dos alimentos da Esalq (Escola de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP, no início desse ano.
Por seis anos, Isabella foi estudante do Colégio Piracicabano, considerado por ela como sua segunda casa, por ter se sentido acolhida desde o primeiro dia. “No Colégio, fui ensinada a questionar, a ir e falar, a fazer apresentações em voz alta, a não temer o público, a olhar as diferenças e respeitá-las, a entender os meus direitos e lutar por eles, a ter consciência do direito dos outros e ajudá-los na luta também. O colégio me trouxe uma formação pessoal e humanitária gigantesca. É uma escola que ensina valores que duram a vida toda”, destaca.
Dentre os principais aprendizados que marcaram a trajetória escolar, a atual universitária destaca os eventos e atividades, como a Gincana Cultural. “Não posso falar do Colégio Piracicabano e não lembrar da gincana. Nela, uma equipe ajuda a outra, seja emprestando figurino, cenário, instrumentos ou até um integrante para tocar bateria na equipe rival. Acima da competição, existe o amor, a empatia e o respeito. Valores que na teoria são lindos e que precisam ser colocados em prática. Habilidades que dificilmente são exploradas em aula, tomam voz na semana do colégio. Foi uma honra poder ter feito parte desses momentos e ter aprendido tanto nos seis anos que participei desse evento”, conta Isabella.
VOCAÇÃO – Já em relação à escolha do curso de ciências de alimentos, Isabella conta que sempre foi apaixonada pela área. “A paixão por alimentos me segue desde que me conheço. Por outro lado, não me interessava tanto pelas questões nutricionais, mas sim pelo que compunha cada alimento e pelo que seria possível fazer com ele. Ficar no supermercado lendo os rótulos dos produtos sempre foi um hobbie”, conta a estudante.
A certeza veio em 2018, ano em que Isabella participou de orientação vocacional promovida pelo Colégio em parceria com o curso de psicologia da Unimep, e teve a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre a profissão por meio de encontros e de debates em grupo. Além disso, em outubro do mesmo ano, ela participou de treinamento em manipulação de alimentos oferecido pelos professores do curso de ciências dos alimentos da Esalq, sua atual faculdade. “Pude conversar com alunos do curso, professores e ter acesso ao assunto que eu tanto amo. Me apaixonei ainda mais”, conta ela.
EXPECTATIVAS – Sobre as expectativas que teve ao ingressar na universidade, a ex-aluna do Pira imaginava que se sentiria em casa pelo fato de já conhecer a Esalq e frequentar a instituição. “Por outro lado, a vida universitária sempre me deu um friozinho na barriga. Esperava pessoas do Brasil inteiro, novos sotaques, novas ideias, novos pensamentos, novas amizades. Tudo o que novo é temido, naturalmente. Era exatamente isso que eu esperava sentir, mas esperava que fosse um momento excepcional”, destaca Isabella.
Texto: Daniela Borges
Edição: Angela Rodrigues
Fotos: acervo pessoal Isabella Brites
Última atualização: 16/05/2019