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Conhecimento e troca de experiências entre alunos melhora a convivência

por anrsanto publicado 01/02/2017 05h00, última modificação 10/01/2018 11h57
Conhecimento e troca de experiências entre alunos melhora a convivência

Diariamente nos deparamos com os outros, alguns mais semelhantes, outros, mais distintos de nós. Conviver faz parte da habilidade e necessidade que nós, seres humanos, temos para com o nosso grupo, nossa sociedade.

Colocar-se no lugar do outro e praticar a empatia é um convite constante, em especial, quando temos alunos internacionais nos grupos discentes.

Em nossos estudos sobre os países de origem de nossos alunos internacionais, que acontecem a partir da Educação Infantil, o grupo aprende sobre a localização geográfica desses países, costumes, pontos turísticos, hábitos alimentares, moeda... E tem contato com a língua falada, a partir de vídeos de músicas infantis e vídeo-aulas de conteúdo elementar como cores, números e cumprimentos. Já recebemos até visita de uma avó japonesa, quando o grupo pôde fazer perguntas sobre vocabulário, bem como um aluno internacional do Ensino Médio, que foi compartilhar uma história sobre sua infância.

Conversamos também sobre a existência do preconceito, que é explicado para os estudantes mais novos, como quando não sabemos de algum assunto, mas tentamos adivinhar...

Pelo convívio com estudantes da Coreia, China e Japão, pudemos perceber que nós, brasileiros, sabemos diferenciar muito pouco essas nacionalidades a partir da observação das características físicas, o que é muitas vezes ofensivo para os grupos em questão. Então temos um combinado: não tentar adivinhar de onde as pessoas vêm, e sim perguntar.

O respeito é a base de qualquer relacionamento, e o fato de nos vestirmos, alimentarmos, falarmos de forma diferente, além das diferentes características físicas (o que não é exclusividade de procedências diferentes), não significa que um está “certo” e o outro, “errado”. Essa percepção é a mais importante para ser constantemente refletida. Como já disse Voltaire, "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo", precisamos nos preocupar em garantir que cada um tenha o direito de se expressar, de sentir, de falar, de agir e de SER diferente, sem que isso nos cause estranhamento ou antipatia. As diferenças devem ser VIVIDAS de forma dialógica e empática, e não como embates individuais.

O fato de termos o privilégio de contar com a presença de estudantes internacionais no Colégio Piracicabano faz com que nossos alunos sintam a globalização mais de perto, não só no mundo virtual. Ser um estudante internacional também pode ser uma realidade que está por vir, para muitos de nós, brasileiros. A pergunta que fica é: “como você gostaria de ser tratado, nessa mesma situação?”.

Marcia Eliandra Godoi Bottene, professora de inglês e assessora dos alunos internacionais do Colégio Metodista Piracicabano.

 

Última atualização: fevereiro de 2017