Aluna ilustra livro infantil escrito pela avó
Um livro infantil escrito pela avó e ilustrado pela neta de 10 anos. Assim é “Capitão Nhô Lica, o Colecionador de Pedras”, lançado na última quinta-feira, 25, no Centro Cultural Martha Watts. O texto é da escritora Ivana Negri e as ilustrações foram feitas por Ana Clara de Negri Kantovitz, aluna do 4º ano do ensino fundamental 1 do Colégio Piracicabano. A obra integra os festejos dos 250 anos de Piracicaba.
Ivana conta que escreveu o livro estimulada por uma amiga, após a repercussão de um artigo que fez para o jornal a Gazeta de Piracicaba, em que abordava a mania que algumas pessoas têm de colecionar coisas. “Fiz uma comparação com a fixação que o lendário Nhô Lica tinha em coletar pedras, e muitas pessoas me mandaram mensagens contando passagens com este personagem da cidade”, conta. Então, escrevi um livrinho infantil recontando essa lenda da nossa terra para as novas gerações”, diz.
Apaixonada por desenho desde bem pequena, Ana Clara conta que leu todo o texto escrito pela avó para criar as suas ilustrações. “Lia, imaginava e desenhava. Fiz um desenho por dia e comecei pela capa”, conta a estudante. Apesar da pouca idade, Ana Clara já foi duas vezes selecionada para o Salãozinho de Humor realizado pela Secretaria Municipal de Ação Cultural de Piracicaba, sendo que, em um deles, recebeu menção honrosa. “Este ano, fiz a caricatura do Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, durante a aula de artes, no Colégio, e fui selecionada novamente”, acrescenta.
Parte dos livros será doada a crianças pela autora, que bancou a edição. Os adultos que quiserem um exemplar, poderão adquirir no Recanto dos Livros do Lar dos Velhinhos, com renda total revertida à entidade. O livro também poderá ser adquirido na Jota Portes, localizada à rua Boa Morte, 1.872. O valor é R$ 8.
Nas Quadrinhas para Nhô Lica , escritas por Ivana, está o perfil do personagem piracicabano.
Nhô Lica era um sonhador
Que se achava milionário!
Catava pedras nas ruas
E as guardava em seu armário
Pensava serem brilhantes
Aquelas pedras feiosas
Por isso suas histórias
Ficaram muito famosas
O som do seu violão
Tocava o começo e o fim
Pois só tinha duas cordas
Dim, dim, dom dom, dim ,dim, dim
Dizia ser bandeirante
Que andou pela Patagônia
Por Goiás, por Minas e Andes
Em suas noites de insônia
Passou a ser uma lenda
A história desse guerreiro
E a saga do capitão
Vai rodando o mundo inteiro!
Texto: Assessoria de Comunicação e Imprensa
Edição: Celiana Perina
Fotos: acervo pessoal
Última atualização: 25/08/2017