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Alimento de Fé - 13/07/2018 - Misericórdia quero e não Sacrifício

por jose.viveiros@imed.metodista.br publicado 13/07/2018 07h17, última modificação 13/07/2018 07h17
"Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.”. Mateus 12: 7.
Alimento de Fé - 13/07/2018 - Misericórdia quero e não Sacrifício

 

Leia Mateus 12: 1 – 8.     

 

            Muitas vezes em nossa caminhada cristã confundimos as ações e não sabemos perceber o real valor que está inserido em cada ato. Jesus sempre lidou com os “críticos”, àqueles que veem tudo, reclamam de tudo, mas não fazem nada que pareça ser diferente, preferem manter as suas práticas, que lhes trazem uma sensação de espiritualidade.

O Mestre e os seus discípulos eram constantemente monitorados pelos fariseus de plantão. Um deles deveria estar seguindo o grupo do Senhor, pois que de outra maneira poderiam saber que, o grupo de Jesus, havia colhido espigas de uma plantação para matar a fome, sendo o dia do sábado. A questão essencial aqui não era a questão da Lei, mas apontar os erros de Cristo e dos Seus seguidores. Os críticos são assim, não perdem a oportunidade de verem o que julgam errado, mas se calam diante das coisas que edificam, as pessoas ou a comunidade.

Ao lermos o texto parece que Jesus está num impasse. Se Ele concordar com estes fariseus – então perderá a credibilidade diante o povo, demonstrando que não é um líder com convicções. Por outro lado se negar, embora esteja fazendo o bem será um transgressor da Lei. Que grande dilema! Porém, Jesus não entra no “jogo” dos críticos e com lucidez os indaga, se eles conhecem as escrituras.

“Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros estavam com fome?”, e depois ainda fala dos sacerdotes, que trabalham no templo, e de certa forma estão violando a Lei, pois é sábado. O Mestre aponta que tanto em situações de emergência, onde a vida humana corria risco, ou no serviço para Deus, são motivos suficientes para se manter livre do mandamento do sábado.

            Ambos argumentos apresentados podem ser aplicados para a atitude dos discípulos: Eles estavam com fome e estavam a serviço do Senhor – então eles são “inocentes”.            

            Deus, entregou o mandamento do sábado não para forçar as pessoas a ficarem paradas neste dia sem fazer nada. Significa que será um dia em que precisamos prestar mais atenção as coisas espirituais e no nosso relacionamento com Deus. Somente Deus é a autoridade final que decide se um mandamento faz sentido em um caso particular ou não. Podemos estar parado exteriormente, porém interiormente não estamos santificando ao Senhor.

            “Misericórdia quero e não sacrifício” Jesus está fazendo uma citação do Antigo Testamento, texto em Oseias 6: 6. Ele afirma que embora os fariseus tivesse lido este texto, não compreenderam sua essência. A temperança exterior não significa a morte do egoísmo no coração humano. Os maiores sacrifícios são inúteis se o coração não estiver em Deus. A legitimidade sem amor pode se transformar no oposto do que Deus quer. O apóstolo Paulo afirma que não teria benefício algum ter todo o conhecimento e o poder da fé, e até entregar todas as suas posses, se lhe faltasse a essência que é o amor. (I Cor 13). Deus primeiro olha para a atitude interior, pois as ações é o reflexo do que temos em nosso coração.

            Daqui para frente se formos criticar alguém paremos para pensar: “As suas ações são objetivamente erradas, ou se são apenas contrárias aos meus hábitos, minha forma de pensar?”.

 Oração: Senhor, quando vieste foi para cumprir a Lei e não revogá-la. Que sejamos fiéis a Ti, não simplesmente na letra fria, mas através do Espirito de Vida. Que possamos realmente entender Sua Palavra. Amém.