O Dia do Trabalhador
“E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito”. Gênesis 2.2
Deus é um trabalhador/a. A Bíblia começa com o trabalho de Deus e o seu respectivo descanso. Deus trabalha, logo, o trabalho é o que existe de mais digno, Deus descansa, logo, o mérito do trabalhador é indiscutível, o trabalhador é maior do que o seu trabalho.
O trabalho é tão antigo quanto o próprio homem. Sempre o acompanhou, seja quando se deleitava no Jardim de Éden, seja quando dele foi expulso.
O que se tem de novo é que, com a queda, agregou-se ao labor humano o elemento do suor, ou seja, o desgaste, a perda. Na linguagem bíblica, em meio a “espinhos e cardos”.
Além das dificuldades suscitadas pela própria natureza, eis que o homem, também e principalmente, tem ajudado sobremaneira na fixação dessa percepção do trabalho como algo desgastante e sofrível.
Isso é fruto, em grande parte, da irrefreável ânsia humana em acumular riquezas materiais. Não sem razão, o coração do homem tem falhado em captar toda a grandeza e sublimidade do trabalho... O anseio pelo contínuo e voraz acúmulo de bens terrenos tem revelado uma faceta cruel e dramática de toda essa discussão: a exploração do homem pelo próprio homem. Em outras palavras: o amor pelas coisas e o uso das pessoas – quando deveria se dar justamente o contrário.
O problema não está no trabalho, mas no modo como passamos a enfrentá-lo e enxergá-lo. O problema, igualmente, não está no dinheiro, mas na forma como nos relacionamos com o dinheiro.
O ponto nevrálgico, portanto, não está nas coisas, no ambiente do homem, na sua exterioridade. O cerne da questão está no próprio homem – em sua essência, em seu próprio coração.
Porque acima de tudo, na Bíblia, trabalho – reafirmamos – é bênção!
*Extraído do livro Tripalium – A Ética no Trabalho, de Maurício de Sousa Lino.
Enviado por pastora Maria da Graça Vilagran
Pastoral Escolar do Colégio Metodista Americano