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Setembro Amarelo - 2021

por fernanda.kian publicado 09/09/2021 18h08, última modificação 09/09/2021 18h08
Setembro Amarelo - 2021

“...Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem...” (Jó 42. 1-6)

Diariamente lidamos com o medo, dores, sofrimento, angústia e ansiedade. Em meio ao desespero da nossa alma, perguntas como “O que farei?” e “E agora?” agregam ainda mais dor. Semelhantemente a nós, ainda que em partes, Jó viveu situações muito difíceis e algumas inimagináveis de suportar. A bíblia nos apresenta essa história cheia de esperança e respostas às perguntas de nossos dias. Diante de situações tão terríveis, como a humilhação, privações, perda da saúde, dos bens, dos filhos e filhas e da confiança de sua própria esposa, Jó revela sua fraqueza, expõem suas dores e medo diante de Deus. No entanto, Jó nos surpreende como escolhe o caminho da fidelidade a Deus, alimentando a esperança em meio a um cenário de caos.

Não eram apenas os bens físicos que ele havia perdido, mas a liberdade, a saúde, a família e companhia de alguém. Jó se vê completamente sozinho. Seus amigos foram até ele, e num primeiro momento sentam-se ali e apenas choram, sinalizando que entendiam a sua dor (Jó 2.13). Mas não demora muito, até que o primeiro começa a questioná-lo em busca de respostas que o próprio Jó não teria como responder. Diante das frustrações da vida, ele entende que só conseguiria sobreviver porque Deus estava com ele.

Jó não se esconde por de trás de uma aparente força, ele revela sua fragilidade, questiona, chora e sofre. Em meio a tantas lágrimas e dores, reconhece o poder de Deus e em seu coração novamente nasce a esperança. Sua experiência dolorosa lhe deu a oportunidade de conhecer a Deus, de andar com Ele, experimentar o Seu amor e o Seu cuidado em meio a tanto sofrimento. Os seus olhos contemplam a plenitude do amor de Deus. Jó passa pela provação, mas não fica preso a ela (Jó. 2.9; 42.1-6; 10-16).

Realmente Jó nos surpreende com sua fé, quem sabe por que que neste momento, em partes, nos identificamos sua história. Por outro lado, talvez, por bem menos, temos abandonado a Deus, a esperança e nos entristecido demasiadamente, a ponto de perdemos o sentido da vida. Quando estamos assim, facilmente nos esquecemos do que Deus já fez e tem feito em nós e no meio de nós. Lembre-se, Jó estava sem a companhia da sua família e amigos, contudo ele não sofreu sozinho, descansava e confiava que Deus jamais o abandonaria. Seus olhos contemplam a plenitude do amor de Deus. E em seu sofrimento aprendeu a ouvi-Lo e assemelhar tudo como desafio e oportunidade crescimento (Jó 42.4). Não foi fácil a Jó, como não é fácil a nós. Mas quando Jó reconhece sua pequenez diante da grandeza de Deus, ele percebe que não precisa seguir pelo vale sozinho.

Os nossos dias também não tem sido fáceis, e talvez você esteja num momento em que acha que não adianta mais seguir em frente. No entanto, viver vale sempre a pena, ainda que seja dura a vida. A vida nos desafia e isso nos fortalece. Semelhante a Jó somos impulsionados e impulsionadas a colocarmos nossa esperança e confiança no Senhor. Amanhã será um novo dia em que seus olhos verão o cuidado de Deus. E lembre-se, você pode até está distante de muitas pessoas, mas não está sozinho ou sozinha.

Não desista, insista em viver. A vida vale a pena.
Busque ajuda. Ligue 188.
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Receba nosso forte abraço.
Revda. Fabiana de Oliveira Ferreira – Pastoral UMESP