Reformar a cidade: “diga ao povo que marche”
Reformar. Cada um tem uma sensação ao ouvir ou ler esta palavra. Muitos têm experiências muito ruins com ela, outros nem tanto, mas ninguém fica indiferente com ela, pois, de fato, reformar mexe com todos e todas. Poderíamos também usar a palavra transformação, que da mesma forma pode nos causar incômodo.
Por que será que há este incômodo com estas palavras, ou melhor, com o quê representam estas palavras?
Acredito que a resposta não é tão difícil de saber. Tanto reformar como transformar vai mexer com o nosso momento, com o nosso “estado de conforto”. Teremos de mudar alguma coisa que fazemos, falamos ou que estamos acostumados.
Mas quando falamos em reformar a cidade, aí o sentimento é outro. Passamos do incômodo para a crítica. Neste caso, pensamos que a reforma não se refere a nós diretamente, mas sim às autoridades constituídas. Então, enchemos nosso peito e saímos a despejar nossos conceitos e preconceitos sobre quem e o quê se deve fazer para reformar as cidades.
Sempre sabemos o que precisa ser feito, como e principalmente quando, ou seja, já deveria ter feito.
Será mesmo que somente as autoridades devem ter este papel? Será que cada cidadão ou cidadã também não tem responsabilidade para efetuar esta reforma?
Olhando as imediações de sua casa, o que será que cada cidadão ou cidadã, ou um grupo de cidadãos ou cidadãs poderia fazer para melhorar o próprio ambiente?
O texto do Apóstolo Paulo nos chama a não nos conformarmos com o que está acontecendo. Em outras palavras, poderíamos dizer que não é apenas para olhar ao nosso redor e criticar, mas buscar resolver, “arregaçar as mangas” e junto com outros e outras fazermos algo para o bem comum.
Muitas vezes pequenas ações ajudam muito a melhorar o local que vivemos. Se cada um e cada uma fizer um pouco, apenas um pouco para o bem comum, certamente criticaremos menos e trabalharemos mais e a reforma acontece.
E as autoridades? Tenha certeza que se cada cidadão e cada cidadão começar a se mexer ao invés de apenas criticar, as autoridades também serão chamadas a se mexer.
É tempo de cada um olhar a sua volta e ver como pode iniciar esta reforma que cada cidade está precisando. “Diga ao povo(...) que marchem”, disse Deus ao povo de Israel e dizemos o mesmo. Diga ao povo de sua cidade: “marchemos e vamos melhorar o local onde cada um e cada uma está vivendo”.
Revda. Gladys
Coordenadora da CONAPEU