Júri simulado instiga superação há mais de 20 anos
Após um mês de estudo, pesquisa e preparação, os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do 2º e 3º ano do Ensino Médio do Colégio Metodista Centenário participaram do júri simulado. A atividade é realizada anualmente, há mais de 20 anos, na disciplina de História, coordenada pela professora Jaqueline Barcellos.
Turma do 2º ano foi a primeira a participar do júri simulado.
Os alunos foram organizados em três grupos: jurados, promotores e defensores, conforme suas preferências. A primeira turma a realizar o júri simulado foi o 2º ano, no dia 29 de junho. O tema em pauta foi a Revolução Francesa, em que eles tiveram que avaliar e argumentar sobre o líder dos jacobinos, Maximilien de Robespierre. Em seguida, foi a vez do 3º ano, no dia 1º de julho. No tribunal, estava o nome de Che Guevara, um dos principais personagens da Revolução Cubana. Por último, no dia 5 de julho, o grupo do 9º colocou em prática os conhecimentos obtidos a respeito de Getúlio Vargas e período em que esteve governando o Brasil.
A Revolução Cubana foi o tema do debate do 3º ano.
“Eles atingiram 100% dos objetivos”, afirma a professora Jaqueline, sobre o desempenho dos alunos. Conforme ela, o júri simulado é um desafio para tirar os estudantes da zona de conforto e fazer com que eles superem barreiras, como a timidez e a dificuldade de falar em público. A preparação para a atividade contou com estudos sobre os personagens e suas influências e ações nos respectivos contextos. Oratória, retórica e trabalho conjunto são outras das habilidades desenvolvidas por meio do debate. “É um trabalho que vai além da disciplina de História, eles se utilizam do Português, da Literatura e também da Filosofia” enfatiza a docente.
Alunos do 9º ano tiveram a primeira experiência no juri simulado.
Pedro Borges, aluno do 3º ano, exerceu o papel de defensor no júri simulado. “Foi uma atividade bem complexa. Che Guevara foi um personagem difícil de defender e num júri, a defesa sempre é mais difícil, pois a promotoria trabalha em cima de fatos e provas que nós temos que derrubar”, relata. Segundo ele, o modo de estudo para a proposta é diferenciado, tendo em vista que é preciso conhecer por completo a vida do personagem. “Quanto mais se estuda o passado, mais se entende o futuro”, concluiu o jovem.
A aluna do 3º ano, Roberta Rodrigues, afirma que o júri simulado foi um desafio, principalmente pela vergonha que sente ao falar em público. “No início eu travei, mas depois consegui falar, ainda com a voz trêmula”, conta. Ela fez parte do time da defensoria, que saiu vitorioso do debate. “Apesar de não querer seguir carreira no Direito, achei a atividade muito legal. Foi a primeira vez que eu participei e quase não acreditei quando saiu o resultado”, declara.
Para a agente da pastoral do Colégio Centenário, Pastora Ângela Dias, o júri simulado é uma possibilidade para os alunos trabalharem questões sobre ética e valores. “Assim, eles podem ter uma postura diferenciada perante as situações do dia a dia, que é resultado do amadurecimento proporcionado pela atividade”, salienta. A coordenadora pedagógica Miriam Rossa observa que o júri promove o crescimento intelectual dos alunos. “É uma oportunidade de eles perceberem o seu potencial”, completa.
Assessoria de Imprensa