Ajudando a caminhar
Fui reprovado no segundo ano do ensino fundamental, antigo curso primário, duas vezes. Vivíamos uma situação complicada em casa. Meus pais trabalhavam arduamente para pagar a prestação de nossa casa e sustentar seus onze filhos. Mal tínhamos o que comer.
Em classe, eu não conseguia me concentrar e, logicamente, não conseguia assimilar o que estava sendo ensinado.
Ao começar, pela terceira vez, a mesma série, minha nova professora parecia haver sido enviada dos céus. Percebera que a minha dificuldade de aprendizagem não era por falta de inteligência, como, provavelmente, as anteriores pensavam. E decidiu dedicar-se à “minha causa”. Deu-me a atenção necessária para que eu entrasse num processo de evolução impressionante.
Fui o melhor aluno da sala naquele ano e no ano seguinte – já na terceira série. Na quarta série (o chamado “curso primário” ia até a quarta) fui o melhor aluno da escola, tirando a nota máxima em todas as matérias, em todos os bimestres, sendo condecorado, ao receber o diploma, com uma medalha de honra ao mérito.
O personagem do texto bíblico lido aguardara 38 anos pela chance de entrar nas águas para ser curado do mal que o acometia. Não conseguia entrar no poço, pois não tinha condições de fazê-lo sozinho. Foi necessário que alguém, Cristo, no caso, se interessasse por ele e o curasse, fazendo-o andar.
Durante nossas vidas, encontramos muitas pessoas nestas condições: aguardando um gesto, uma palavra, um ombro, um apoio para mudar o curso de seu caminho; para se firmar e pôr-se a andar “por suas próprias pernas”. Basta termos um pouquinho de atenção e paciência para sermos o instrumento necessário para a realização de um milagre.
Oremos: por todos aqueles que percebem que ensinar é mais do que passar informações.
Colaboração de Washington Luiz Silva Santos – Ministério do Ensino da Igreja Metodista.
Colégio Metodista em Itapeva – SP