Feminismo foi o tema de mais um debate da série “Argumentação sem Chavão” do Ensino Médio
No início de fevereiro, os alunos do Ensino Médio se reuniram para mais um encontro do “Argumentação sem Chavão”, uma série de debates sobre temas complexos da sociedade, que visa uma conversa que evite o senso comum e as opiniões podem ser expressadas e dialogadas entre os participantes. Desta vez, o assunto foi “Feminismo” e os estudantes puderam posicionar-se sobre a temática. Os debates também têm por objetivo o enriquecimento de argumentos e expressividade, para auxiliar nas interpretações e exposição de ideias em redações e vestibulares.
E na conversa da vez, logo de início os professores Pedro Luiz Pantaleão Filho e Bruno Novaes Araujo, que mediaram o encontro, apresentaram um vídeo com o fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri, que foi contestado por boa parte dos estudantes presentes (veja o vídeo abaixo). O material em questão rebatia a afirmação de que mulheres são menos remuneradas que homens no âmbito profissional, entre outras afirmações. Entre os questionamentos que os alunos fizeram sobre o vídeo, o mais pontuado foi a falta da fonte dos dados mostrados pelo seu apresentador.
Também é possível assistir ao vídeo aqui.
Quando o debate ficou mais no entorno dos posicionamentos dos estudantes, eles se mostraram novamente atentos ao retomar historicamente o que é o feminismo, lembrando que, ao contrário do que muitos pensam, não é a versão feminina do machismo, a pregação da superioridade feminina. Isto é, na verdade, “femismo”.
Em diversas falas, os estudantes resgataram o fato de o movimento feminista ser um movimento político, filosófico e social, que defende a igualdade de direitos entre mulheres e homens e, além disso, não é de hoje que teve início. Os primeiros registros do movimento datam do século XIX, a partir dos ideais da Revolução Francesa, com o lema “Igualdade, Liberdade e Fraternidade”. As mulheres buscaram estar inseridas nas mudanças sociais a partir da revolução. Já nas primeiras décadas do século XX, o movimento popularizou-se no mundo, em especial no ocidente, questionando o poder social, político e econômico monopolizado pelos homens, algo que ficou mais expoente na década de 1960 e, até a década de 1980, o movimento obteve maior reconhecimento de legitimidade, mas não significando que as mudanças e reivindicações de igualdade ocorreram em sua totalidade.
Com isto, os alunos também enfatizaram que “o movimento se reestrutura, pois os tempos mudaram, as sociedades e pensamentos das pessoas mudaram e não dá para continuar o mesmo como na década de 1960. Novas imposições surgem e luta precisa ir renovando-se”, disseram.
Outras contribuições trazidas pelos professores continuaram fomentando o debate, como outros vídeos, entre eles, um que apresentava dados sobre a violência contra a mulher no Brasil. Desta vez, com fontes das informações.
Também é possível assistir ao vídeo aqui.
Confira as fotos do debate (passe o mouse para avançar as fotos):
Também é possível acessar o álbum de fotos aqui.
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