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Ricardo Galhardo conversa sobre Bullying com os pais no “Altos Papos”

por marcello publicado 02/05/2017 16h50, última modificação 02/05/2017 16h50
Ricardo Galhardo conversa sobre Bullying com os pais no “Altos Papos”
O palestrante Ricardo Galhardo - clique para ampliar

O “Altos Papos” que aconteceu na noite do dia 24 de abril foi uma edição especial sobre o tema “Bullying”. Depois dos alunos participarem de palestras sobre o mesmo assunto, foi a vez dos pais e familiares do Ensino Fundamental II e Ensino Médio se reunirem para uma conversa com Ricardo Galhardo Blanco, pedagogo e palestrante especialista nas áreas de comportamento, bullying e entorpecentes.

Bullying é um termo definido há quase 20 anos (do inglês Bully = valentão), mas sua prática é mais antiga e continua sendo uma realidade, principalmente entre crianças e adolescentes, seja na escola, no clube, pela internet e até mesmo em casa. Mas, como disse o palestrante, “nem tudo é bullying. A prática é notada por ações agressivas, humilhantes, vexatórias e que se tornam repetitivas, perseguição”. Por isso, requer atenção constante para que se tenha a percepção.

Ricardo, assim como fez no início das palestras com os alunos, começou a conversa com uma pergunta, que faz lembrar o motivo das escolhas das ações que tomamos. “Você nasceu para ser feliz ou percebido? Você nasceu para ser percebido, mas pode ser percebido por fazer algo legal, alguma coisa boa. Não precisa humilhar alguém, destratar e machucar fisicamente e emocionalmente algum colega para isso. Às vezes um colega chuta o outro e logo olha ao redor para ver se as pessoas estão rindo do que ele fez. Quer ser percebido por algo ruim. Mas ele pode comprar um lanche e levar para uma pessoa necessitada. Esta atitude será vista pelos colegas, professores, direção e logo ele é notícia em toda a escola. Foi percebido também”, disse, desta vez, para os pais.

Ele lembrou que “é impossível não haver brincadeiras em uma escola. Uma escola sem brincadeiras é ‘morta’. Se um dia um colega, em um momento descontraído, desamarra o cadarço do tênis do outro, mas não torna a fazê-lo, é uma brincadeira passageira. Se não traz riscos físicos e emocionais, não é bullying. Mas quando a brincadeira passa a ser agressiva, machuca fisicamente e emocionalmente, é expositiva e repetitiva, aí temos uma situação séria”.

O palestrante ainda orientou aos pais a ficarem atentos ao comportamento dos filhos. “É importante observar a postura dos filhos. É necessário fazer aquela pergunta básica: ‘como foi na escola hoje?’, entre outras. Às vezes o jeito de responder, acompanhado de um olhar abatido, já dá pistas. É muito comum quem sofre bullying ficar calado, então, como pais, precisamos extrair deles, fazer perguntas, mas em uma conversa amigável e prestar atenção em algumas atitudes, para perceber se há algo acontecendo”.

Como falou aos alunos nas palestras anteriores, Galhardo também disse que os pais podem reforçar com os filhos o “não tomar posse”. “Se te ‘zoarem’, não tome posse. Ignore, não aceite como verdade para você. Ninguém pode te fazer infeliz, a não ser que você permita. Os alunos devem confiar nos pais, professores e coordenadores e compartilhar com eles o que estão passando, pois são pessoas que vão ajudar a resolver”, explicou.

No final da conversa, Ricardo falou que “tornar cultural entre nós o amor e as boas ações, as atitudes ruins não serão recorrentes. Quem cresce valorizando a família, o próximo e suas necessidades, sabe que não precisa de ações que tragam sofrimento ao outro”. E assim como fez com os alunos, ele encerrou o encontro sugerindo produzir e espalhar uma substância: a oxitocina, hormônio conhecido como o “hormônio do amor”, que causa o bem estar e é produzido a partir do bom relacionamento uns com os outros. Para aquele momento, a oxitocina foi espalhada por meio de abraços e confraternização entre os presentes.

Confira as fotos do “Altos Papos”:

Também é possível acessar o álbum de fotos aqui.


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