Atuais tendências do mercado de trabalho é tema de conversa com alunos do Ensino Médio
Os alunos e alunas do Ensino Médio começaram a semana tratando de um assunto que a cada dia vem fazendo parte de suas vidas. No dia 18 de junho, os estudantes receberam a psicóloga e consultora organizacional em Recursos Humanos Ursula de Souza Barboza para uma conversa sobre “as atuais tendências do mercado de trabalho”.
Reunidos no anfiteatro Marcio de Moraes, no edifício Sigma da Universidade Metodista, a palestrante iniciou a conversa traçando alguns paralelos. “Quem já ouviu falar de datilografia?”, perguntou aos alunos, com alguns levantando as mãos sinalizando a resposta positiva, para na sequência dizer que “há muitos anos, quem tinha esse curso tinha emprego garantido. Agora, muita gente não faz ideia para o que serve, pois já se nasce com acesso a dispositivos e os bebês já têm celular na mão e crianças já saem digitando de tudo e fazendo coisas incríveis”.
Ursula completou a linha de pensamento: “a partir do momento que vocês assumem essas posturas e responsabilidades, as tendências de mercado vão depender muito mais do comportamento da geração de vocês”, disse a consultora que ainda lembrou que vivemos um momento de crise no Brasil e no mundo que já se “arrasta” há alguns anos, ocasionando muitas mudanças. Ela ainda enfatizou que, neste cenário, já não se destaca simplesmente o mais esperto ou mais inteligente, mas quem melhor se adapta. Na sequência, a psicóloga dialogou com os alunos sobre as diferenças que são notáveis entre as gerações anteriores e atuais nas relações sociais e de trabalho.
Assim, Ursula trouxe para a conversa uma reflexão sobre como o mercado de trabalho já tem operado com mudanças que têm projeção ainda maior para o futuro. Ela trouxe o apontamento da pesquisa Future of Work (Futuro do Trabalho), realizada pela ADP (Automatic Data Processing ) com dois mil profissionais de diversos países. “O expediente tradicional caminha para extinção. No seu lugar, ganham força novas modalidades de trabalho e gestão”, é um dos relatos da pesquisa.
A palestrante apresentou aos alunos os cinco pontos para os próximos anos verificados pelo trabalho da ADP, sendo que algumas questões já vêm se desenvolvendo. Ela começou falando sobre a liberdade (flexibilidade), que consiste em “poder escolher como, onde e em que horário trabalhar”, uma realidade já vista por meio do famoso home office. Outro ponto é o conhecimento, que segundo o estudo, “75% dos brasileiros entrevistados acreditam que a tecnologia será o principal instrumento de aprendizado no meio corporativo. Além de serem mais baratas e práticas, as ferramentas de Educação à Distância evoluíram bastante nos últimos tempos e isso contribuiu para que o número de adeptos crescesse todos os anos”.
A autogestão é o ponto que denota que “a administração do desempenho da equipe deixará de ser restrita aos gestores. Não significa que não haverá mecanismos de controle de desempenho, a tendência é que feedback e reconhecimento ganhem dinamismo e sejam feitos em tempo real”. A estabilidade teria um novo conceito e “estaria menos ligada ao emprego e mais ao potencial de empregabilidade. A gestão de carreiras será passada das empresas para os profissionais, que trabalharão sob demanda e não por contratos de longo prazo”.
Por fim, um ponto também relevante é o significado, pois, de acordo com Ursula, com base na pesquisa, “em tempos de crise que estamos vivendo, quem procura emprego pode até pensar que significado é a última das prioridades quando se tem uma lista de contas. Mas, assim que a situação econômica melhorar, é fato que o salário vai perder força na hora de segurar um profissional se não estiver conectado às suas aspirações profissionais”.
Após abordar estes pontos, ela trouxe mais uma reflexão para o grupo e, após perguntar se os alunos já vêm pensando nas profissões e carreiras que seguirão e disse que “independente da área que vocês forem estudar, no que forem trabalhar, vocês precisam saber no que isso (área, profissão) agrega em suas vidas. Sabemos que em nossa realidade precisamos do dinheiro que ganhamos com o trabalho para sobreviver, mas é necessário saber qual é o sentido desta atividade. Vocês escolhem a profissão e precisam refletir se é em razão de estímulo familiar, de amigos ou porque percebem a importância disto para a sociedade”.
Para deixar um pensamento, a palestrante lançou algumas questões: “além da questão financeira, de status, títulos, que todo mundo pode ter, qual é o legado que vocês vão construir? O que vão deixar de bom para a sociedade e o que já começaram a fazer?” Perguntou aos estudantes, para que possam ir desenvolvendo em suas caminhadas.
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Na finalização da conversa, Ursula apresentou um vídeo que “ilustra” um pouco do que foi abordado:
Também é possível assistir ao vídeo aqui.
Confira algumas fotos da palestra (passe o mouse para avançar):
