Brinquedoteca
Na brincadeira a criança tem oportunidade de transformar e recriar regras impostas de acordo com suas necessidades. Não se trata de heteronomia e sim de autonomia, que é um processo de construção que se efetiva com a sua participação.
A repetição que ocorre durante a brincadeira, favorece o processo de assimilação, além de servir como base para a construção de conhecimentos e valores através do jogo da linguagem com a imaginação.
A criança constrói o seu próprio pensamento através da representação do discurso externo e sua interiorização.
A capacidade de concentração é desenvolvida através do processo de descoberta, o adulto como facilitador proporciona a criança o contato com coisas interessantes e deve respeitar o momento de descoberta de cada uma.
Ao interagir com objetos e outras pessoas, a criança cria vínculos e constrói relações e conhecimentos a respeito do mundo em que vive.
As brincadeiras em grupo proporcionam as crianças o envolvimento com situações imaginárias, onde cada uma poderá exercer papéis diferentes de sua realidade, além de estarem necessariamente submetidas à regras de comportamento e atitude.
Santa Marli Pires dos Santos (1997), "Brincar é a forma mais perfeita para perceber a criança e estimular o que ela precisa aprender e se desenvolver."
Através da brincadeira e do jogo, os educadores acompanham todo o processo da atividade, mediando os conhecimentos e possibilitando a reelaboração dos mesmos.
O processo de aprendizagem será avaliado, através da observação diária, no que se refere à socialização, a iniciativa, a linguagem, ao desenvolvimento motriz, pois as atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento de suas potencialidades.
Segundo Santos, Piaget, Wallon, Vygotsky e outros, o brincar tem um papel decisivo na evolução dos processos de desenvolvimento humano, como maturação e aprendizagem.
Associação Brasileira de Brinquedotecas – ABBri
Angélica do Carmo da Silva Chico – Psicopedagoga - 20009