Palestra traz reflexão sobre atitudes, escolhas e o olhar para o próximo
É notável que nas últimas semanas muitas situações ocorridas pelo mundo têm chocado e assustado a sociedade, como o que sucedeu em Suzano, na Nova Zelândia e em diversos outros lugares. Situações que demonstram um esvaziamento de sentimentos e consideração com o semelhante, o que traz preocupações às famílias e às pessoas de modo geral. Mediante tais fatos, por iniciativa da Direção do Colégio Metodista, um educador já bem conhecido pelos alunos, Ricardo Galhardo, foi convidado para conversar com as turmas do Ensino Fundamental II e Ensino Médio no dia 20 de março.
Ricardo, que é pedagogo, professor de Relações Humanas e Saúde, entre outras qualificações na área educacional, falou com os estudantes sobre as diferentes percepções, escolhas feitas e consequências e, especialmente, o simples olhar para o próximo. Nas palestras, ele começava com uma pergunta já feita antes, mas que valia a pena reforçar agora: “você nasceu para ser percebido ou feliz”?
A resposta vinha de prontidão: “ser percebido” e junto com o palestrante completavam: “porque ao ser percebido, você fica feliz”. Mas Ricardo continuava e dizia que “há muitas formas de ser percebido, seja por atitudes boas ou ruins”. Ele deu alguns exemplos, como Hitler, que ficou mundialmente conhecido por atrocidades humanas atribuídas a ele, e madre Tereza de Calcutá, também mundialmente conhecida, mas por ajudar pessoas em condições precárias de vida. O primeiro é até hoje visto como alguém com atitudes reprováveis e que muito prejudicou a humanidade. A segunda é vista até hoje como um exemplo a ser seguido.
Entre outros exemplos dados e vídeos exibidos, Galhardo foi trabalhando a importância das escolhas que fazemos em nossas vidas e propôs reflexões sobre como é possível ter boas práticas, que têm por desdobramentos aspectos positivos, que fazem bem para si próprio e para o meio comunitário no qual se vive. Ele enfatizou a necessidade de olhar o próximo, o que é o bastante para começar a ter percepções sobre o que se passa com o outro e nos importarmos em conhecer uns aos outros, um importante passo para que nunca seja necessário vermos outros episódios como o ocorrido em Suzano.
Ao final das palestras, outro vídeo era exibido com a cena final do filme “Extraordinário”, de Stephen Chbosky, que conta a história de um menino que nasceu com uma deformidade facial, precisando, até os 10 anos, passar por 27 cirurgias plásticas. Já nesta idade, ele precisa frequentar a escola regular e tem de se esforçar para conseguir se encaixar em sua nova realidade. Na história, conhecemos personagens que se aproximam do menino e o protegem e ajudam diante de diversas situações, até mesmo de provocações, porque simplesmente voltaram seus olhares ao garoto. A cena deixa uma importante mensagem: “seja gentil, porque todo mundo enfrenta uma batalha e se realmente quiser ver como as pessoas são, só o que precisa fazer é olhar”.
Confira o vídeo da cena do filme "Extraordinário" (caso ainda não tenha assistido, a cena revela o final do filme):
Também é possível assistir ao vídeo aqui.