Festa das Nações reúne famílias e celebra diferentes culturas

“Uma festa agitada, com gente feliz e animada. O sol se abriu faceiro, para receber este povo bem brasileiro. Mas a reunião não era só da casa, porque logo se via gente a dançar e cantarolar o que veio de outros povos e regiões, celebrando uma Festa das Nações.”

Bem, os versos acima, em poesia de cordel, não chegam nem perto da beleza dos que foram apresentados por alunos do Colégio Metodista em São Bernardo do Campo, para iniciar a Festa das Nações que aconteceu na Universidade Metodista de São Paulo, no dia 25 de junho.

E foi assim que a celebração começou, com estudantes do Ensino Fundamental I trazendo versos de cordel, literatura bem típica do nordeste brasileiro, para falar sobre cultura e os cenários políticos e sociais do nosso País, em um Salão Nobre ambientado como se fosse uma parte do sertão.

Pouco antes de tudo começar, a diretora do Colégio, professora Kênia Araujo Ferreira, já tinha avisado: “na busca por ampliar o repertório artístico dos alunos e o aprendizado sobre a diversidade das nações, temos, na nossa festa, cantigas e danças de diferentes países e regiões brasileiras, contribuições diversas para a cultura brasileira, estudo sobre escritores clássicos, formação do bairro Rudge Ramos, crônicas em cordel, as Olimpíadas no contexto brasileiro e a Feira do Empreendedorismo com os estudantes do Ensino Médio”.

E depois do cordel, logo ali no longo e verde gramado próximo ao Salão e sob um sol radiante, começou uma confraternização musical entre países. Bem caracterizados, com roupas típicas, os alunos da Educação Infantil e também do Ensino Fundamental I apresentaram, por meio de danças, um pouco da cultura da Alemanha, Itália, Portugal, França, África, além de uma dança indígena e também outras do interior do Brasil.

Quem voltou ao Salão Nobre ainda viu outra festividade da união das nações. Os alunos do Ensino Fundamental II apresentaram, em três peças teatrais, a história dos Jogos Olímpicos, mostrando curiosidades e também apontando algumas críticas sobre o legado dos Jogos nos países onde já foram sediados e principalmente sobre o atual contexto brasileiro. Entre as peças, uma delas era uma fábula que contava a aventura do grego Petrus, que veio lá da antiguidade, por volta do século VIII, até o Brasil, já em 2016, para tentar pegar uma parte da chama da Tocha Olímpica durante o revezamento, para levar de volta à Grécia, porque a “chama que nunca se apaga” havia sumido.

Toda esta confraternização foi motivo de alegria para os familiares que participaram da Festa, que elogiaram o evento e compartilharam a satisfação deste momento, como contou Ana Paula Assoni. “É a primeira vez que participo desta festa e ela é linda. Falar sobre as culturas de diversas nações e até das Olimpíadas é uma ótima abordagem para enriquecer o conhecimento das crianças de uma maneira lúdica. A organização está ótima e as danças das crianças foram maravilhosas”.

Segundo a coordenadora da Educação Infantil e Fundamental I, professora Kelly Toscano, “as apresentações são resultado de todo um projeto desenvolvido. Cada turma estudou os temas e a finalização do projeto foi este momento que todos puderam prestigiar”.

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Feira do Empreendedorismo

Junto à Festa das Nações, também aconteceu mais uma edição da Feira do Empreendedorismo, realizada pelos alunos dos 2ºs anos do Ensino Médio. Nas aulas, os estudantes elaboram ideias e projetos para empresas do ramo alimentício e de lazer, aplicando conceitos de empreendedorismo e marketing. O resultado é o trabalho prático, com a venda de seus produtos e serviços durante a Festa das Nações.

De acordo com o professor Wladson Quiozine, que conduz o projeto, “tudo o que se vê nas barracas da festa é feito pelos alunos. Além de estudarem os conceitos no nosso projeto de empreendedorismo, eles mesmos fazem a preparação dos alimentos e trabalham a forma de lidar com as vendas e com o público”.

A estudante Letícia Alves Nunes participou pela segunda vez da Feira e disse que tirou uma lição. “Quando vemos que na prática nem tudo sai como o esperado, a gente aprende a ter responsabilidade e, principalmente, o trabalho em equipe, que é algo muito difícil e que temos que desenvolver”, contou.

Elisa Vieira veio estudar no Colégio Metodista este ano e falou um pouco sobre sua primeira experiência no projeto. “Tudo é muito gratificante e vale a pena, mesmo que a gente chegue aqui e aprenda que algumas coisas podem dar errado. Precisamos aprender que temos que ser pacientes, pois é muita gente, muita movimentação e temos que ter controle e continuar trabalhando para fazer dar certo”.

O grupo de Elisa trabalhou o chamado empreendedorismo social. O resultado obtido, as arrecadações alcançadas serão revertidas para uma campanha chamada “Força Biel”, para um amigo que precisa realizar um transplante de medula óssea, do qual os pais precisaram abrir mão de algumas coisas e até do trabalho, para conseguir acompanhar o filho nos procedimentos. Saiba mais sobre a campanha aqui.

Este ano, as empresas que participaram da Feira do Empreendedorismo foram: Uoba, Funfara, Zu Rich’s, Meto Burguer, Mafex, Q Churrasco, Made in Bélgica, Tapi Panda, Dogão da Meto, Creperia dos chefes, France Fries e Hora do Pastel.

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