Diversidade cultural e projetos educacionais marcam a Festa das Nações 2017
A diversidade cultural foi mesmo celebrada na tradicional Festa das Nações do Colégio Metodista, que aconteceu no sábado, 24 de junho, no campus da Universidade Metodista de São Paulo. Quem chegava ao local, logo na entrada era recepcionado por duas senhoritas que representavam uma cidadã russa e uma espanhola, indicando que ali havia uma reunião de diversos povos.
Depois de passar pelas moças “estrangeiras”, o caminho que levava ao centro do evento estava enfeitado por réplicas de obras inspiradas na Arte Renascentista, produzidas por alunos dos 7ºs anos, revivendo um período histórico iniciado na Itália e que foi importante na Europa entre os séculos XIV e XVI. No salão logo ao lado, outros trabalhos dos 6ºs, 7ºs, 8ºs e 9ºs anos traziam releituras dos estudos de Leonardo da Vinci, uma mostra das descendências do povo brasileiro e um estudo interessante sobre a história dos jogos, que mostravam a criação e aplicação de diversos jogos clássicos de tabuleiros, muitos deles não conhecidos por crianças e adolescentes de hoje.
Chegando ao centro, para abrir oficialmente a festividade, um toque do nordeste brasileiro deu o tom inicial. No Salão Nobre, os alunos dos 5ºs anos estavam “afiados” na rima e trouxeram o universo da literatura de cordel, recitando adaptações das obras da escritora Ruth Rocha, colocando o jeito nordestino nas histórias da autora.
Mas a festividade também tinha como objetivo mostrar o quanto este Brasil possui muito das culturas de diversas nações. Onde há festa, geralmente há dança e foi assim que, no gramado da universidade, sob um belo sol, os alunos da Educação Infantil, 1ºs, 2ºs e 3ºs anos do Ensino Fundamental I festejaram algumas influências culturais no nosso País, com danças típicas da África, Itália, México, além de danças regionais do próprio Brasil.
De volta ao Salão Nobre, foi momento de reviver um pouco a nossa própria história. Os alunos dos 4ºs anos apresentaram a peça “Brasil: descobrimento e colonização” e encenaram de uma forma bastante musical a vida dos povos indígenas antes e depois da chegada dos colonizadores portugueses e os desdobramentos desta colonização até os dias atuais.
Vale destacar que no hall do Salão e no gramado havia uma variedade de exposições, que traziam reproduções dos alunos dos 2ºs anos do Ensino Fundamental sobre a vida e obra da artista mexicana de reconhecimento internacional, Frida Kahlo, e também uma tenda com a participação dos alunos dos 9ºs anos que realizaram o intercâmbio no Peru e ali mostraram um pouco da experiência que tiveram. Também havia outra tenda, também dos 9ºs anos, com trabalhos que mostravam a influência inglesa no mundo e, mais ao lado, um grande mapa mundi no chão apresentava algumas maquetes de arquiteturas históricas da China, Egito, Estados Unidos, Inglaterra e Itália.
Todas estas exposições, danças e trabalhos fazem parte do propósito da Festa das Nações, que este ano foi transformado em um grande projeto educacional, além da festividade e confraternização. A equipe pedagógica do Colégio já vinha explicando que “a diversidade cultural foi o tema utilizado para o desenvolvimento de diversos projetos em todas as turmas e todos os segmentos ao longo do primeiro semestre e que envolveu alunos e professores para ter o conhecimento das culturas de outros países, que muitas vezes colaboram com a cultura do próprio Brasil. O resultado das atividades e estudos realizados neste período foi traduzido por meio das apresentações e exposições feitas durante a Festa das Nações”.
Acompanhando praticamente todas as atrações do evento, Régis Francisco Arnoni, pai do aluno Lucas Arnoni, teve esta percepção e compartilhou suas impressões. “Eu observei os trabalhos das turmas e vi que eles fizeram não apenas um trabalho artesanal, simplesmente repetindo de algo que viram. Eles tiveram que fazer pesquisas, leituras e pegaram o que eles mesmos aprenderam e criaram novas peças, ideias, contos e jogos usando a própria criatividade com base nesse aprendizado, apresentando algo a partir da própria perspectiva e ainda compartilharam o novo conhecimento com os colegas de outras turmas. E o mais importante é que toda esta produção vai refletir no futuro deles. Talvez, a partir destes trabalhos, tenhamos novos engenheiros, empresários, professores, ou seja, líderes”, disse Régis, que veio com o filho este ano para o Colégio.
Reunião internacional
O evento também foi espaço para a confraternização e, em um dos cantos, um encontro curioso aconteceu e representou perfeitamente a Festa das Nações. Em um bate-papo descontraído, estavam juntas Sandra Yoko, filha de japoneses; a neta e filha de croatas, Lídia Kulic e Catarina Schall, respectivamente mãe e avó do aluno Rafael Kulic; e Lucimara Mantovani, que é neta de italianos e estava acompanhando o filho, o aluno Guilherme Mantovani Fonseca. O grupo estava em uma conversa empolgada e, com estas descendências, por que não dizer em uma reunião internacional?
A senhora Catarina era a mais animada e já foi perguntando à nossa reportagem: “kako ste?”, que significa “como você está” em croata. Embaladas pela animação da dona Catarina, as demais também contaram algumas histórias, como Lucimara, que explicou que o marido é descendente de portugueses e está vivendo outra experiência no exterior, nos Estados Unidos. Na despedida, Catarina ainda deu uma dica, dizendo que se alguém algum dia estiver na Croácia e perguntarem “kako ste”, uma boa resposta seria: “dobro sam”, que quer dizer “eu estou bem”.
Feira do Empreendedorismo
Um projeto que vem crescendo no Colégio Metodista, a Feira do Empreendedorismo tem sido parte cativa dos grandes eventos do Colégio. Mais uma vez presente na Festa das Nações, a Feira é uma iniciativa do Ensino Médio e envolve os alunos em um estudo mais teórico sobre marketing e empreendedorismo e depois a aplicação prática dos conceitos.
Na aplicação, os estudantes elaboram empresas do ramo alimentício, serviços e lazer e desenvolvem as estratégias para lidar com o público e o gerenciamento dos negócios e, assim, tornam-se responsáveis pela praça de alimentação e recreação dos eventos.
Na Festa das Nações, a Feira é de responsabilidade das turmas dos 2ºs anos, que já tiveram a oportunidade de participar do projeto no ano passado. O aluno Gabriel Merli contou um pouco da experiência. “Por já ter participado do evento no ano passado, este ano soubemos nos organizar bem melhor e ser mais rápidos em nossas ações para lidar com as demandas, principalmente desta vez, que percebemos que aumentou muito o número de visitantes na Festa e não fomos surpreendidos. A organização antecipada foi a base de tudo”.
Sua colega Maria Fernanda Casanova Rossini Nascimento destacou o que é sentir a realidade da prática. “Depois de duas participações no projeto, entendemos melhor a necessidade de estratégias e também demos mais valor à questão orçamentária, aprendendo que precisamos equilibrar os gastos de materiais, pois na hora de vender os produtos, nem todos vão necessariamente comprar. Então, precisamos ter planejamento para não ter problemas”, explicou Maria Fernanda.
Assista ao vídeo com alguns momentos da festividade (em breve, disponibilizaremos novos vídeos da Festa em nossos canais):
Também é possível assistir ao vídeo aqui.
Confira as fotos da edição de 2017 da Festa das Nações e Feira do Empreendedorismo (passe o mouse para avançar as fotos):
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