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3ºs anos entrevistam antigos moradores do bairro Rudge Ramos

por marcello publicado 30/10/2017 17h51, última modificação 31/10/2017 10h10
3ºs anos entrevistam antigos moradores do bairro Rudge Ramos
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As turmas dos 3ºs anos do Ensino Fundamental I realizaram, ao longo do mês de outubro, duas entrevistas especiais como atividade do projeto “Memória Local”. Os alunos receberam no Colégio a visita de Orquideia Carretta Daibert e Osvaldo Davanzo, moradores do bairro Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, que vivem na região desde a década de 1940. Os entrevistadores queriam saber como era o bairro antigamente e a vivência local e, para isso, prepararam perguntas com diversas curiosidades sobre as experiências dos convidados.

Dona Orquideia, que tem 84 anos, contou que “o bairro do Rudge Ramos era muito diferente do que é hoje. Ainda não tinham prédios e eram poucas casas. No lugar de algumas ruas, havia gramados e árvores e até mesmo um rio, onde hoje é a Rua Bispo César Dacorso Filho. A própria Universidade Metodista ainda era apenas um prédio, o da Faculdade de Teologia”.

O senhor Osvaldo, 74 anos, também disse que “as ruas que já existiam naquela época eram todas de terra. A única asfaltada era a Avenida Doutor Rudge Ramos, mas, mesmo assim, era apenas um pedaço dela. O trânsito era muito menor, pois quase não tinham carros. Muita gente usava charrete como transporte e alguns poucos usavam bicicleta. Quem precisava ir à São Paulo tinha que pegar um ônibus que passava a cada duas horas”.

Uma das curiosidades dos pequenos repórteres era sobre a convivência das pessoas e como se divertiam. “Naquele tempo não tinha computador, internet, celular e as pessoas conversavam entre elas. Os vizinhos se conheciam bem e todos saíam de casa para visitar uns aos outros ou até mesmo se encontravam nas calçadas para conversar”, contou dona Orquideia. O senhor Osvaldo ainda explicou que “além das reuniões entre amigos, existia um cinema, teatros e desde aquela época já existia a quermesse do Rudge, que sempre foi muito movimentada”.

Foi a dona Orquideia quem contou um pouco sobre a construção do prédio do Colégio Metodista. “Como eu morava bem perto daqui, todo dia as pessoas e eu passávamos e ficávamos observando a obra. No começo, dava uma curiosidade de saber o que seria e quando soubemos que era o Colégio, queríamos saber como ficaria o prédio. Era interessante, de tempo em tempo, perceber cada pavimento sendo construído, cada vez o prédio ficando maior. Nos sentíamos parte da obra”.

Outro assunto importante levantado pelos alunos foi sobre a segurança. “Era mais tranquilo e não tinha muitos problemas de roubo. Andávamos mais sossegados na rua”, disse dona Orquideia. “Não tinha tanto problema de roubo, às vezes acontecia de vir algumas pessoas de outras regiões para arrumar confusão. O problema maior era que tinha pouca vigilância. Hoje tem mais gente vigiando e o policiamento é maior”, completou o senhor Osvaldo.

Depois de uma boa conversa, chegou o momento de finalizar a entrevista e os convidados quiseram deixar uma mensagem. “Que as pessoas que moram aqui hoje sejam unidas para fazer tudo o que precisar de melhoria no bairro. Que vocês ajudem uns aos outros e sejam bons amigos”, recomendou dona Orquideia. “Que vocês estudem bastante e possam ser o nosso futuro no bairro, na cidade e no País”, estimulou aos alunos o senhor Osvaldo.

Confira as fotos das turmas dos 3ºs anos Manhã em entrevista com a dona Orquideia (passe o mouse para avançar as fotos):

Projeto Memória Local - Entrevista d. Orquideia - 3ºs anos EFI Manhã - 2017  

Também é possível acessar o álbum de fotos aqui.


Confira as fotos das turmas dos 3ºs anos Tarde em entrevista com o senhor Osvaldo (passe o mouse para avançar as fotos):

Projeto Memória Local - Entrevista sr. Osvaldo - 3ºs anos EFI Tarde - 2017  

Também é possível acessar o álbum de fotos aqui.