Férias: ideias divertidas e de baixo custo
Inventar programas que ajudem as crianças a gastarem energia e se divertirem é a missão da hora em que se acorda a hora de dormir. E não é nada fácil. Fica ainda mais complicado quando a ideia é fugir de passeios mais corriqueiros como as idas aos shoppings centers e cinemas.
Passeios como andar de bicicleta ou sair pra tomar um sorvete podem deixar a criança feliz e satisfeita. "Além de estreitar os laços entre filhos e pais, o período de férias escolares pode ser um excelente momento para refletir sobre os programas que se faz entre família”, diz Isabella Henriques, diretora de Advocacy do Instituto Alana. “O que a criança quer e precisa é brincar, se isso for junto com as mães, pais ou responsáveis será ainda mais importante para elas em termos de consolidação dos vínculos afetivos e emocionais”, reforça.
A imaginação é o maior recurso para o brincar. Incentivar as crianças a criarem seus brinquedos e brincadeiras com os objetos disponíveis em casa. Um lençol, por exemplo, pode virar uma capa ou uma cabaninha. Parece óbvio, mas não é. Até porque não é sempre que os pais deixam a criança sair amarrando a roupa de cama pela casa. No período escolar, muitas vezes, até as brincadeiras ficam restritas dentro de casa. “As crianças não precisam, necessariamente, de brinquedos novos ou consumir algo para se divertirem”, alerta Isabella. “Nessa mesma linha de pensamento, é importante que o tempo de telas (TV, computador, celulares, tablet) não domine os dias das férias. O consumo com parcimônia é muito importante. Substituir a tela por fazer um bolo na cozinha pode ser bem mais divertido, saudável e gostoso!”, complementa. Pode apostar.
Para quem mora em apartamento ou casa, vale reunir os amigos do prédio ou da rua e fazer uma proposta diferente de brincadeira. Bolar uma gincana ou uma caça ao tesouro é superdivertido e entretêm um número maior de crianças. Dos menores aos maiores, todos vão gostar de brincar. Você pode até criar um convite e sugerir que seu filho entregue aos amigos. Muitas vezes, a criança precisa apenas de uma boa ideia e essa ajuda pode vir dos pais.
Fora de casa, vale trocar os grandes centros por passeios em museus, planetários e pontos turísticos de sua cidade, lugares que podem render momentos divertidos, além de incentivar a descoberta de novos interesses pelas crianças. Os museus costumam oferecer muitas oficinas de graça nessa época do ano. As crianças adoram quando sair de uma exposição e poder experimentar as técnicas que acabaram de ver, por exemplo. A programação do SESC tem sempre ótimas opções.
Os parques também são boas soluções. Vale levar a bicicleta - ou alugar uma por lá, se o serviço estiver disponível - e fazer um passeio. Muitos parques têm bibliotecas e planetários que podem complementar o programa. Depois, você pode escolher uma sombra bem gostosa e fazer um piquenique. Parece bobagem, mas levar a criança ao supermercado e escolherem juntas o que vão comer no parque já é uma diversão. Cada etapa pode ser muito divertida se você a envolver.
Outra solução é aproveitar a cidade mais vazia e o trânsito mais leve para levar a criança conhecer o centro e os pontos turísticos da cidade. Passear a pé é uma delícia e propicia boas descobertas, além de novos interesses. Aos finais de semana, há cidades que oferecem festivais e feiras ao ar livre. Dá para buscar a programação nos sites das prefeituras.
Ideias não faltam e, quanto mais pais e mães se envolvem, mais a criança acha divertido e se engaja na brincadeira também. Vale sair do que é óbvio, do que é certo. Para as famílias que conseguem tirar esse período de descanso, as férias oferecem um tempo extra que pode - e deve! - ser aproveitado, mesmo que orçamento esteja apertado para fazer uma viagem, por exemplo. Divirta-se!